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Ser mulher

  • Foto do escritor: narjarathamiz
    narjarathamiz
  • 8 de mar.
  • 2 min de leitura

Mulheres se apoiando

Ser mulher é carregar em si a centelha da criação, a capacidade de gerar e nutrir a vida. É ser berço do amor, do cuidado e da compaixão. No feminino habita a força que acolhe, que protege e que resiste, como a terra que sustenta as raízes e alimenta o que nasce sobre ela.


Nos arquétipos que atravessam culturas e histórias, encontramos manifestações desse poder. Maria, a mãe sagrada, personifica o amor incondicional, aquele que se entrega sem medidas, que aceita e compreende sem exigir. Seu sim à vida reflete a coragem de quem sacrifica a si mesma para trazer ao mundo algo maior. Assim como ela, incontáveis mulheres entregam-se ao amor, colocando-se em segundo plano para nutrir os que estão ao seu redor.


A beleza da mulher

Na mitologia, deusas representam outras faces do feminino. Deméter, a mãe terra, simboliza o poder de alimentar e sustentar. Afrodite traz a essência do amor e da beleza, lembrando-nos do encanto e do magnetismo que emanamos. Héstia, com sua chama sagrada, reflete o lar interior, a conexão profunda com a alma e a espiritualidade. Kali, a deusa hindu da destruição e da renovação, representa a força e o poder de transformação da mulher. Ela simboliza a coragem de romper com padrões limitantes, encarar as sombras e renascer mais forte e consciente de sua própria grandeza. Todas essas facetas habitam dentro de cada mulher, revelando que ser feminina é também ser plural, cíclica e mutável.


Ainda assim, em muitas partes do mundo, ser mulher é enfrentar limitações impostas por culturas e sistemas que inferiorizam sua existência.  É lidar com a violência e o aprisionamento que não apenas restringem sua liberdade física, mas também minam sua autoconfiança, enfraquecem sua força vital e sufocam sua capacidade de sonhar.


Mulher presa

Desde cedo, muitas mulheres aprendem que devem servir, calar, diminuir-se. A liberdade, o direito de sonhar e de se desenvolver são muitas vezes negados, restringindo-as ao papel de mãe e dona de casa, como se seu valor se resumisse ao que pode oferecer aos outros e não ao que é em si mesma.


Mas ser mulher é também resistir, desafiar e transformar. É encontrar força em meio às adversidades, unir-se a outras mulheres e reescrever a própria história. É reivindicar a liberdade de ser inteira, de ocupar espaços, de brilhar sem pedir permissão.


Luta pelos direitos femininos

Hoje, celebramos a luz de ser mulher. A capacidade de amar, de cuidar, de criar, de inspirar. Celebramos todas as mulheres que, com sua presença e sua essência, transformam o mundo ao seu redor. O que o feminino tem a oferecer ao mundo é essencial e urgente — precisamos de mais amor, mais cuidado, mais gentileza e mais compaixão. Mas além de um dia para celebrar a luz, este também é um dia de luta: uma luta pelo direito de ser mulher, pelo direito de ser livre, pela liberdade de expressão, pela igualdade de direitos e pelo reconhecimento do espaço do feminino não só na família, mas na sociedade e na política como um todo. Que possamos seguir avançando, rompendo barreiras e construindo um mundo onde cada mulher possa viver com dignidade, respeito e plenitude.


Namaste!


Narjara Thamiz


*imagens de Freepik (www.freepik.com)


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